Encontros e Desencontros!
Realizador: Paul Haggis Actores: Sandra Bullock, Don Chedle, Matt Dillon, Jennifer Esposito, Brendan Fraser
Ano: 2004
Duração: 113 minutos
Género: Drama/Crime/Mistério
País de Origem: EUA/Alemanha
Muito para além dos problemas raciais e xenófobos, este filme, Colisão, fez-me sentir desconfortável de uma forma muito lúcida! Não será a injustiça a causa de muitos medos e receios, que nos fazem “jogar” sempre, ou quase sempre à defesa? Ou será melhor dizer que nos fazem sempre ou quase sempre atacar? Estas posições estão bem presentes no filme e estão decerto nas nossas vidas! Para isso talvez possamos pensar naquilo que nos separa e naquilo que nos une! Quando nos “atacam” defendemo-nos atacando, muitas vezes “derrubando” aquilo em que acreditamos! Hoje “atacamos” o homem que troca a fechadura da porta, porque temos medo de voltar a ser assaltados, a mulher que nos limpa a casa e que rejeitamos o seu sorriso e amanhã um deles, pode ser o único amigo que temos! Afinal o dinheiro não compra tudo… Talvez se começássemos por estar mais atentos ao pequeno mundo que nos rodeia e valorizássemos mais as pessoas que gostam de nós tudo fosse mais fácil! Quando não conseguimos ser sensíveis com aqueles que estão ao nosso lado, quando fingimos ser e ter algo que não conseguimos ser nem ter, conseguiremos alguma vez viver bem? Valia a pena esforçarmo-nos por minimizar as injustiças, sendo que elas nos tornam menos “pessoas” seja qual for a sua origem e ou raça.O filme é muito mais que aquilo que escrevi… tal como qualquer das nossas vidas!
posted by Pac at 11:50 da tarde
8 Comments:
Aquilo que dizes é tão óbvio que óbvia deveria ser a inutilidade de incluir aqui a questão racial. O bem e o mal (com fronteiras que desconheço) são transversais a qualquer cor ou raça. A mim o que me incomoda não é a pigmentação mas a cultura de quem tenho pela frente. Talvez se me aceitasse melhor, melhor aceitaria quem de mim fosse diferente. É por isso que vigio o meu “racismo” (leia-se então “culturismo”?) com o quanto prezo o respeito pelo próximo.
É bom saber que és uma chavala atenta. Vou esperar que o filme passe na televisão.
António L.
Olá António, os teus comentários são sempre uma mais-valia para a minha "Toca de Arquivar"...(também me estou a meter contigo), mas brincadeira à parte, é aquilo que sinto!
É mais ou menos sentir que aquilo que partilho é entendido por alguém, e que, sendo diferentes, seja pela pigmentação, como dizes, seja pelo percurso de vida, este pode encontrar-se muitas vezes, é também um bocadinho darmos mais importância àquilo que nos pode unir, em detrimento daquilo que nos afasta...
Obrigada pá, já agora, quem sabe consegues ver o filme sem ser quando passar na televisão... é que os intervalos de 20 minutos estragam tudo, hehehe, mas bom, também podes ser espectador do "Premium" :)))
Que porra...o filme baila-me nas mãos há que tempos e ainda não encontrei uma bocadinho para o ver, agora cada pessoa que fala mais vontade de o ver tenho, isto começa a ser...tenho de ver essa cena "kus diabos".
Ah, eu não consigo ouvir o teu som...que nervos...mas vou conseguir...
Olá Fresca Tinta, ó para mim a sorrir por te ter aqui :)))))
O filme vale essencialmente pela mensagem! Efeitos especiais não são comigo, aliás, nem me lembro de nenhum, hehehe, sabes que tenho o a memória do "disco" um bocadito cheia e portanto só posso guardar aquilo que acho importante, sob pena de na chegar a 17 de Outubro, percebeste??? :)
Acho que deves seguir o conselho da tua filhota e já agora para quando o prazer do teu blog? Não consigo aceder :(
Dadefuga, és muito tonta, com uma obra prima prima a bailar-te nas mãos e tu não lhe dás o prazer da tua dança? Vá vamos lá a organizar o tempo um cadinho melhor, vais ver que vale a pena :)))
Em relação ao Sonzaço da PAC, no trabalho também não consigo ouvir, tens tempo...
Obrigado Paula pelo filme. Vi-o e fiquei muito satisfeito. Não que seja um filme “giro” (detesto filmes “giros”), mas porque “Colisão” é um filme sóbrio, interior, optimista e sem moral. Ninguém está acima de ninguém, ninguém é tão perfeito ou tão imperfeito que não possa ser um dia o seu oposto. Atrás da evidência pode esconder-se uma história que, se não justifica todos os actos, pelo menos contém a chave para podermos chegar até ás pessoas.
Aceitam-se mais sugestões.
António L.
Olá António, partilho o teu gosto, detesto filmes "giros"!
Pelo pouco que conheço de ti, tinha a certeza que irias gostar deste filme, fico muito contente por não me ter enganado... pelo filme, que gostei muito mesmo e por fazer uma "boa leitura" das pessoas, neste caso tu, que me rodeiam! O filme é bom e tu também, como não me conheces, deixo a ressalva: boa pessoa, claro! :)))
Ah, Bom! Claro.
Também tu, Paula. Continuação de "boas leituras".
António L.
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