terça-feira, junho 16, 2009

BUSCA

Não sei se as coisas ou os valores de facto mudaram ao longo do tempo.
Há uma ideia que não me sai da “zona de reflexão”, mas admito, sempre que o pensamento se dirige para esta zona, rapidamente abandono o registo…
Não sei se me apetece pensar, não sei se, inconscientemente não me apetece saber a resposta, mas ao mesmo tempo não sei se há resposta!

A questão é: Antes alguém conseguia estar com alguém sem Amar essa pessoa. “Eu não o Amo, mas habituei-me!”; “Eu não a Amo, mas consigo viver com ela!”!
Haveria imensas frases!
Hoje, a cena inverte-se: “Amo-te, mas não consigo estar contigo!”; “Amo-te, mas a minha prioridade não és tu e não passa por estar contigo!”; “Sim, eu Amo-te, mas…!”
Haveria imensas frases!

O triste é não sentir as pessoas felizes!
Que sombras estão a bloquear o coração destas pessoas?
Não entendem que a vida não se compadece, não pára à espera delas? Que o tempo continua a fazer tic-tac e nem nos apercebemos, nem queremos perceber o que se passa, se se trata apenas do barulho do relógio, ou se a qualquer momento a bomba nos explode em cima!
Sinceramente sinto que o problema reside muitas vezes ou quase sempre no facto de procurarmos e valorizarmos as divergências, em vez das convergências e assim não vale, assim não há relação que resista!

Viva o Orgulho, viva a Insatisfação, deste modo, viva a trabalheira de estar vivo, viva o “já estás de rastos? ok então venci a guerra!”

Mas qual guerra?
Se nos déssemos ao trabalho de acordar do sonho egoísta e solitário, perceberíamos que aqui não faz sentido a guerra porque, apenas um está em guerra e se de facto é guerra é porque dentro de cada um existem duas qualquer coisa, trata-se de guerras solitárias e de repente entre duas pessoas existem quatro guerras.
Se um neutralizar o negativo e valorizar o positivo e o outro agir de maneira inversa, vai sempre continuar a existir guerra…

Não baixo os braços, apenas respeito o teu pedido, não é desistência de ti, queres que eu vá por outro caminho e eu vou respeitar-te!
Disseste:
“Na minha vida, não há espaço nem lugar para a tua… não obstante, continuo a Amar-te!

Vou, vou sem olhar para trás e com determinação porque, não sou cão nem mendigo e por isso não tenho de perder a minha dignidade nem estou disposta a lamber a ferida que tu teimas em não querer cuidar…

Ás vezes é preciso Ir porque a Paz não mora aqui e a Felicidade, a que vem a seguir àquela que já tenho dentro de mim, não é aqui que a encontro e por isso Vou…