Não sei se as coisas ou os valores de facto mudaram ao longo do tempo.
Há uma ideia que não me sai da “zona de reflexão”, mas admito, sempre que o pensamento se dirige para esta zona, rapidamente abandono o registo…
Não sei se me apetece pensar, não sei se, inconscientemente não me apetece saber a resposta, mas ao mesmo tempo não sei se há resposta!
A questão é: Antes alguém conseguia estar com alguém sem Amar essa pessoa. “Eu não o Amo, mas habituei-me!”; “Eu não a Amo, mas consigo viver com ela!”!
Haveria imensas frases!
Hoje, a cena inverte-se: “Amo-te, mas não consigo estar contigo!”; “Amo-te, mas a minha prioridade não és tu e não passa por estar contigo!”; “Sim, eu Amo-te, mas…!”
Haveria imensas frases!
O triste é não sentir as pessoas felizes!
Que sombras estão a bloquear o coração destas pessoas?
Não entendem que a vida não se compadece, não pára à espera delas? Que o tempo continua a fazer tic-tac e nem nos apercebemos, nem queremos perceber o que se passa, se se trata apenas do barulho do relógio, ou se a qualquer momento a bomba nos explode em cima!
Sinceramente sinto que o problema reside muitas vezes ou quase sempre no facto de procurarmos e valorizarmos as divergências, em vez das convergências e assim não vale, assim não há relação que resista!
Viva o Orgulho, viva a Insatisfação, deste modo, viva a trabalheira de estar vivo, viva o “já estás de rastos? ok então venci a guerra!”
Mas qual guerra?
Se nos déssemos ao trabalho de acordar do sonho egoísta e solitário, perceberíamos que aqui não faz sentido a guerra porque, apenas um está em guerra e se de facto é guerra é porque dentro de cada um existem duas qualquer coisa, trata-se de guerras solitárias e de repente entre duas pessoas existem quatro guerras.
Se um neutralizar o negativo e valorizar o positivo e o outro agir de maneira inversa, vai sempre continuar a existir guerra…
Não baixo os braços, apenas respeito o teu pedido, não é desistência de ti, queres que eu vá por outro caminho e eu vou respeitar-te!
Disseste:
“Na minha vida, não há espaço nem lugar para a tua… não obstante, continuo a Amar-te!
Vou, vou sem olhar para trás e com determinação porque, não sou cão nem mendigo e por isso não tenho de perder a minha dignidade nem estou disposta a lamber a ferida que tu teimas em não querer cuidar…
Ás vezes é preciso Ir porque a Paz não mora aqui e a Felicidade, a que vem a seguir àquela que já tenho dentro de mim, não é aqui que a encontro e por isso Vou…